Após parlamentares petistas solicitarem a inclusão de “Lula” em seus nomes, é a vez de políticos favoráveis à prisão do ex-presidente pedirem para que o sobrenome “Moro” seja colocado no painel das Casas Legislativas.
Na Câmara dos Deputados, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) enviou ofício ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para passar a ser chamado de Sóstenes Moro Cavalcante. Em São Paulo, o vereador Fernando Holiday (DEM) também solicitou a mudança.
Nem só de Moros e Lulas viverá o Parlamento, porém. O deputado Capitão Augusto (PR-SP) protocolou pedido de mudança para Capitão Augusto Bolsonaro.
“Eu sou contra a mudança dos nomes, mas se pode de um lado, também pode do outro. Se Lula é o candidato deles, Bolsonaro é o meu”.
Na terça-feira (10), deputados da bancada petista pediram a inclusão de “Lula” em seus nomes parlamentares.
O líder da sigla, Paulo Pimenta (RS), passará a ser “Paulo Lula Pimenta” se o requerimento for autorizado. Carlos Zarattini (SP) será “Carlos Lula Zarattini”.
O deputado explicou que a decisão foi tomada em reunião da bancada e os deputados foram orientados a fazer requerimentos individuais com os pedidos. “É para marcar um protesto, é uma coisa simbólica”, disse Zarattini.
Os deputados do PT querem que os novos nomes apareçam no painel de votação do plenário da Câmara.
“Queremos mostrar união e solidariedade. Todos do PT vamos fazer isso”, disse o líder da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Nesta quarta (11), senadores como a presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann (PR), também solicitaram as mudanças. Os presidentes das Casas, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira (MDB-CE), ainda não se pronunciaram sobre os novos requerimentos de petistas e antipetistas.
EX-PREMIÊ
Ainda nesta quarta, o ex-presidente Lula ganhou a solidariedade do ex-premiê espanhol Felipe González afirmou nesta quarta que a ausência do petista como candidato nas eleições de outubro “é um problema de grande impacto para o sistema democrático”. ”
Acredito que sua exclusão da disputa eleitoral deixaria uma parte significativa da população brasileira órfã de representatividade”, disse em uma nota o socialista, que liderou a Espanha de 1982 a 1996.