A sessão extraordinária da Câmara de Itarantim, que aconteceria as 18h desta quarta-feira (21) e tinha como objetivo discutir e investigar a obra do Mercado Municipal após o desabamento de parte do telhado, foi cancelada por falta de quórum. A reunião chegou a contar com o apoio dos 11 vereadores, mas perdeu força com a retirada das assinaturas de Raimundo do Sindicato (PSD), Serginho (PODEMOS) e, por fim, Toninho Tigre (PODEMOS) — esse último sendo o voto que definiu o cancelamento. A ideia era ouvir os responsáveis pela empresa que está tocando a reforma, que já dura quase quatro anos, além de obter uma apuração mais detalhada sobre todo o contrato firmado junto a empresa responsável. Com o cancelamento, a apuração sobre o andamento da obra e a segurança dos trabalhadores e feirantes fica adiada para uma outra oportunidade.
A retirada das assinaturas levanta algumas perguntas: o que motivou a mudança de posição dos vereadores? Houve algum argumento técnico ou apenas uma reorientação política? Qual o papel do Executivo nesse recuo?
Nos bastidores, comenta-se que houve pressão por parte do prefeito Fábio Gusmão para que a sessão não acontecesse. Se for verdade, por que evitar o debate público sobre uma obra que é de interesse da população e está em andamento há quase quatro anos?