O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está com sintomas do novo coronavírus. A informação é da CNN Brasil, na noite desta segunda-feira (6). Segundo a emissora, o resultado do exame só deve sair até às 12h desta terça-feira (7).
Ainda de acordo com a reportagem, o próprio Bolsonaro indicou que apresentou 38 °C de febre, 96 de oxigenação. Após sentir estes sintomas, o chefe de Estado foi encaminhado ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília. Segundo a matéria, embora não tenha sido diagnosticado ainda, ele já está sob tratamento com hidroxicloroquina. Por conta disto, a agenda presidencial da semana foi suspensa.
A reportagem indicou que o presidente afirmou que os pulmões estão limpos, após radiografia. Ele também teria se mostrado tranquilo.
Esta não é a primeira vez que a possibilidade de Bolsonaro estar com coronavírus vem à tona. Anteriormente, ele foi submetido a exames que, posteriormente, confirmaram que ele testou negativo. Contudo, ele não quis divulgar os resultados – só o fez após a Justiça obrigá-lo.
Durante a polêmica, ele chegou a classificar o vírus como “gripezinha” e indicou que, por ter um “histórico de atleta” não precisaria se preocupar, caso fosse diagnosticado com o vírus.
MINIMIZAÇÕES À CRISE
As ponderações de Bolsonaro quanto à pandemia vão além. Além de chamar a Covid-19 de gripezinha, ele já chegou sugerir que a imprensa estaria criando uma “histeria” com a crise.
Sistematicamente, o chefe de Estado aparece em eventos com aglomerações sem utilizar máscara, principal equipamento de proteção para sair às ruas, durante a pandemia – a Justiça do Distrito Federal, inclusive, ordenou que ele utilizasse o EPI em locais públicos do DF (leia mais aqui).
As aglomerações, inclusive, são marca registrada do governante enquanto a crise persiste no país. Ele já participou de manifestações a favor do seu governo numa série de ocasiões.
Para além das manifestações de minimização ao vírus, o Brasil não possui um ministro da Saúde. Bolsonaro entrou em rota de colisão com Luiz Henrique Mandetta, e o demitiu. O sucessor, Nelson Teich, não se mostrou simpático à insistência de Bolsonaro para utilizar a hidroxicloroquina como principal medicamento para combater a Covid-19– o remédio não possui eficácia comprovada na luta contra o vírus. Atualmente, o Brasil tem um ministro interino na Saúde: o general Eduardo Pazuello.
Bolsonaro tem 65 anos e está dentro do grupi considerado de risco para a Covid-19. Bahia Notícias
