Fonte: Radar64
Policiais civis realizaram operação nesta segunda-feira (08/03), em Itapebi, para prender o suplente de vereador suspeito de tentar mandar a titular do cargo para ficar com a vaga. Cristiano Pereira da Silva (PRTB), 40 anos, não foi encontrado durante a ação de cumprimento de mandados judiciais de prisão e de busca e apreensão, e já é considerado foragido.
Na mesma ação, a polícia prendeu o sobrinho dele, Gidevan Oliveira da Silva, 21 anos, que também teve a prisão decretada. O segundo o delegado Moisés Damasceno, as investigações mostram que foi ele quem tentou assassinar a vereadora, a mando do tio, mas a arma falhou.
Antes que a polícia entrasse em sua casa, na Cidade Baixa, Gidevan se livrou de algumas provas. “Ele quebrou o celular, quando a polícia batia na porta. No aparelho poderia haver provas. Mas há outras provas, que estamos colhendo e, dentro em breve, devemos concluir o inquérito”, disse o delegado.
A polícia também encontrou indícios de que, antes de fugir, o suplente de vereador retirou duas armas que estavam escondidas em sua casa. “Ao chegar ao local, não encontramos o suplente, apenas indícios de que ele estivesse tirado algo de um alçapão no forro. Tínhamos informações que ele guardava uma espingarda calibre 12 e uma pistola 38 no local, que, infelizmente, podem ter sido retiradas antes que a gente chegasse”, afirma o delegado.
A pistola 380 seria a mesma que o vereador atirou acidentalmente na perna do filho pequeno, em 2019, enquanto discutia a mulher.
O ATENTADO
Em 5 de fevereiro, a vereadora Veronice Romana dos Santos (Podemos), 52 anos, chegava de uma caminhada matinal quando foi abordada por dois homens, que estavam em um carro. Um deles acionou o gatilho diversas vezes, mas a arma não disparou. “Câmeras de segurança mostram que, logo em seguida, eles fugiram em alta velocidade. O carro foi encontrado abandonado, dias depois, na zona rural do município”, informa Damasceno.
Na mesma época, a Polícia Civil também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do suplente. Ele não foi encontrado no local.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo juiz Otaviano Andrade, da Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca e têm duração de 30 dias, mas podem ser convertidas em preventivas.