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Crime Bárbaro: Acusado de matar médico comprou âncora e estudou com a vítima; Confira matéria completa

O médico Andrade Lopes Santana, de 32 anos, que estava desaparecido desde o dia 24 de maio, e foi encontrado amarrado a uma âncora, fez medicina com o homem preso suspeito de cometer o crime, em uma faculdade na Bolívia, e depois os dois foram trabalhar na Bahia.

O corpo de Andrade Lopes Santana foi encontrado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos na manhã desta sexta-feira (28). Horas depois, o colega dele, identificado como Geraldo Freitas, foi preso. O homem foi o responsável por registrar o desparecimento do amigo na delegacia de Feira de Santana.

De acordo com o delegado Roberto Leal, que é coordenador de polícia na região de Feira de Santana, o suspeito chegou a receber os familiares da vítima, que moram no Acre, quando eles chegaram na Bahia.

“Vamos aprofundar para saber se existe a participação de outras pessoas e também a real motivação, eu até o presente momento, é uma incógnita para nós”, disse Roberto Leal.

O médico Andrade Lopes Santana, estava desaparecido desde o dia 24 de maio, quando saiu de casa em direção à cidade de Feira de Santana — Foto: Reprodução/TV Subaé

De acordo com os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), foi constatado um disparo de arma de fogo na nuca e uma corda no braço amarrada a âncora para o corpo não subir.

O delegado informou que a polícia começou a suspeitar de Geraldo Freitas após contradições apresentadas no depoimento. Depois, foi identificado que ele foi quem comprou a âncora encontrada com o corpo da vítima.

“A compra da âncora foi localizada e identificada que a mesma pessoa suspeita do crime foi quem adquiriu na cidade de Feira de Santana”, afirmou Roberto Leal.

Ainda segundo a polícia, o suspeito e a vítima tinham combinado de andar de moto aquática. A versão apontada pelo colega de Andrade na delegacia era a de que o amigo tinha comentado que sairia para comprar a moto. Essa versão foi descartada.

Uma moto aquática foi encontrada no condomínio onde o suspeito foi preso, no início da tarde desta sexta, em Feira de Santana, a 100 km de Salvador.

A polícia informou que a motivação do crime está sendo apurada.

A mãe de Andrade, Dormitília Lopes, contou que já esperava receber a notícia de que o filho estava morto quando viajou para acompanhar as investigações na Bahia.

“Desde o desaparecimento dele até hoje quando encontramos o corpo eu já sabia que ele estava morto”, disse.

Já a tia do médico, Maria Lopes, pediu justiça e disse que a família quer saber quem é o autor do crime.

“A gente quer justiça, a gente quer saber quem fez isso com ele”, afirmou a tia de Andrade.

Desaparecimento

Andrade havia desaparecido na segunda-feira (24), depois de sair de Araci, a 220 km de Salvador, com destino a Feira de Santana. Natural do Acre, o médico se mudou para à Bahia em 2016, para exercer a medicina. Ele trabalhava como psiquiatra em uma unidade de saúde de Araci e em mais outras três cidades baianas.

Ele saiu de casa sozinho, pouco depois de meio-dia de segunda, para comprar uma moto aquática e encontrar com um amigo, no Rio Jacuípe, em Feira de Santana. O amigo disse que ele chegou a enviar uma mensagem que dizia que tinha entrado na cidade. Desde então, não foi mais visto e nem deu notícias.

O veículo dirigido pelo médico foi achado por policiais rodoviários na região de Conceição do Jacuípe, na BR-101, no mesmo dia em que ele desapareceu. O carro estava ao lado de um barranco, trancado e sem marcas de acidente.

As informações foram dadas por amigos, que procuraram a polícia, pois o médico não tinha parentes na Bahia. O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Feira de Santana, pelo amigo de Andrade, que foi preso.

Na madrugada de quinta-feira (27), a mãe dele, Domitília Lopes, e mais seis pessoas da família, chegaram em Feira de Santana, para acompanhar as investigações sobre o desaparecimento do médico. G1


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