A prefeitura de Itabela, cidade ao sul da Bahia, confirmou ao menos cinco casos de malária no assentamento Margarida Alves. Nenhuma morte foi registrada.
Por meio de nota técnica, prefeitura divulgou que as notificações foram recebidas no dia 26 de junho. No documento, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os pacientes contraíram a doença em áreas endêmicas e que por isso os casos são considerados importados.
A prefeitura informou ainda que, por causa do grande deslocamento das pessoas entre os assentamentos, medidas de monitoramento foram adotadas, já que a malária é uma doença infecciosa, causada por um parasita.
Malária
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a malária é potencialmente grave e costuma ser transmitida ao ser humano pela picada de mosquitos infectados pelo parasita. A doença também pode ser transmitida por compartilhamento de seringas, transfusão de sangue e até de mãe para feto, na gravidez.
A malária tem sintomas como febre alta, calafrios, sudorese e dor de cabeça. Além disso, o paciente infectado também pode ter dor muscular, taquicardia e aumento do baço. Geralmente, nos casos letais da doença, o paciente desenvolve o que se chama de malária cerebral.
Ainda de acordo com a Fiocruz, essa evolução da malária pode levar o paciente ao coma, já que também tem como sintomas ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões e vômitos.
Prevenção e tratamento
O principal meio de prevenção da malária é o controle e eliminação do mosquito transmissor. Esse controle pode ser feito por medidas individuais e coletivas, como: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas; roupas que protejam pernas e braços; telas em portas e janelas; e repelentes.
Além disso, também é possível fazer drenagem de coleções de água; pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do mosquito; aterro, limpeza das margens dos criadouros; modificação do fluxo da água; controle da vegetação aquática e outros.
O tratamento da malária deve ser iniciado o mais rápido possível, para eliminar o parasita da corrente sanguínea do paciente. A Fiocruz detalha que o tratamento imediato com antimalárico – até 24h após o início da febre – é fundamental para prevenir as complicações.
Nos casos em que o teste de diagnóstico não estiver acessível nas duas horas primeiras de atendimento, o tratamento com antimaláricos deve ser administrado com base no quadro clínico e epidemiológico do paciente. A redação é do G1