A manutenção da aliança entre PT, PP e PSD, firmada desde 2010, é um elemento central para se pensar 2022 na Bahia. Na perspectiva atual, uma repetição de cenário – PT na cabeça de chapa, PP na posição de vice e PSD disputando a vaga no Senado -, não entrará no rol das novidades, ainda que falas recentes, advindas principalmente de personagens do PP, sugiram que o momento é propício para mudar a posição das cadeiras.
Enquanto esse cenário ideal não ganha contornos de realidade, as tratativas internas na própria legenda vão se desenhando, começando pelo deputado federal Ronaldo Carletto (PP). Uma fonte próxima ao núcleo do “trio partidário” confirmou que não é apenas burburinho o desejo do parlamentar de se cacifar para disputar a posição de vice na chapa majoritária. Carletto, inclusive, já estaria realizando conversas com outros deputados, tanto federais como estaduais. A ideia é figurar na chapa liderada pelo senador petista Jaques Wagner em disputa pela sucessão de Rui Costa (PT).
De acordo com a notícia publicada pelo site Bahia Notícias, a movimentação pode esbarrar, no entanto, na preferência do atual vice-governador e presidente estadual da sigla, afetivamente chamado de o Bonitão, João Leão (PP). A preferência, neste caso compartilhada com seu filho, o deputado federal Cacá Leão, seria a indicação do atual prefeito de Itaberaba, Ricardo Mascarenhas. O maior entrave até o momento para a satisfação da preferência de pai e filho seria a postura do próprio Mascarenhas, que, até então, tem se recusado.
A aliança PT, PP e PSD se consolidou em 2010, quando Wagner foi eleito para seu segundo mandato como governador. A relação entre os três favoreceu, inclusive, a expansão das bancadas governistas na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) desde então. Atualmente, as legendas têm as maiores bancadas na Casa. São 30 cadeiras no total, sendo 11 do PT, 10 do PSD e 9 do PP. Ocupam também a gestão de um alto contingente de municípios nas mais diversas regiões da Bahia