Um idoso, de 90 anos, morreu após ter seus aparelhos respiratórios desligados por um outro paciente que estava em no mesmo hospital, no Distrito Federal. A vítima, identificada como Arlindo Gomes de Araújo, veio a óbito dois dias depois de dar entrada na unidade hospitalar. O Governo do Distrito Federal foi condenado pela morte do idoso. O caso aconteceu em junho de 2020, quando Arlindo foi internado após passar mal em sua própria casa. Ele foi colocado na ala de Covid do hospital, pois suas queixas eram de problemas respiratórios. A certidão de óbito do idoso apontou a causa da morte como “insuficiência respiratória aguda”, com suspeita de Covid-19. De acordo com o advogado da família de Arlindo, o idoso estava realmente com problemas de respiração, porém não tinha suspeita de estar contaminado com a Covid-19. Após o corpo chegar no Instituto Médico Legal (IML), a Polícia Civil instaurou uma investigação para descobrir mais detalhes sobre a morte do idoso, e então foi constatado que um outro paciente, de 78 anos, havia desligado os aparelhos respiratórios de Arlindo, o que ocasionou em sua morte. Questionado sobre a decisão em desligar os aparelhos, o idoso de 78 anos respondeu. “Havia constatado que os pacientes não necessitariam mais do respirador mecânico, em virtude de estarem bem”, disse. Uma médica que estava de plantão na UTI afirmou que dois aparelhos respiratórios foram desligados na noite que Arlindo morreu, porém um deles estava com a bateria auxiliar carregada, já o outro não. De acordo com a equipe médica, o idoso responsável por desligar os aparelhos já vinham dando problemas aos funcionários do hospital. Ele também veio a óbito tempos depois. A família de Arlindo, revoltada com a situação, entrou na Justiça e ganhou a causa no valor de R$ 40 mil contra o Governo do Distrito Federal (GDF). O GDF recorreu o caso e nesta semana sairá uma nova decisão do caso.
