Uma bezerra que nasceu com duas cabeças na cidade de Macaúbas, no sudoeste baiano, não resistiu. o caso aconteceu na segunda-feira (18), mas o animal morreu nesta quinta (21).
O caso, que não é raro, mas também não é comum, aconteceu no povoado Tapera do Peixe, na zona rural do município. O nascimento da bezerra, em primeiro momento, assustou a família de Elidan Oliveira Sousa.
“É uma coisa rara de acontecer, um caso inusitado. Minha filha ficou impressionada, porque nunca tinha visto essa situação inusitada”, disse o vigilante que tem apenas um casal de gado.
A bezerra viveu apenas quatro dias. Nesse período, o vigilante e a filha dele, Élida Sousa, de 12 anos, pouco tiveram contato com o animal. O motivo? A mãe protetora.
“A vaca, a mãe, não deixava a gente encostar nela. A gente queria colocar a bezerra para mamar, fazer o procedimento certo”, contou o vigilante.
A “bezerrinha” não chegou a ser avaliada por veterinários.
“A gente informou a veterinários, mas não tivemos a disponibilidade para levar. Íamos hoje à tarde, para eles olharem, mas a bezerra veio a óbito antes”, afirmou.
Especialistas afirmam que animais com anomalia genética geralmente nascem mortos, morrem após o parto ou com pouco tempo de vida. O biólogo Tiago Freitas explicou ao g1 que, possivelmente, poderia surgir um segundo bezerro, gêmeos univitelinos.
“Algo fez que não houvesse a separação correta deles. Daí, temos fatores como a consanguinidade e a presença de substâncias tóxicas como fatores de uma mutação”, explicou o biólogo.
Segundo Tiago Freitas, a mutação levou a formação dessa segunda cabeça. A anomalia pode ter causado algum tipo de dificuldade para que a bezerra não tenha ficado viva.
“O processo de mutação gerou essa segunda cabeça e obviamente ele tende a não se manter. A mutação é algo natural, ela acontece, mas não sempre. É da natureza”, afirmou.
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