O desabamento do telhado durante a reforma no Mercado Municipal de Itarantim pode ter sido só a ponta do iceberg. Agora, um engenheiro civil procurou a Polícia Civil e o Ministério Público para denunciar que teve seu nome usado indevidamente como responsável técnico por uma obra pública na cidade — justamente a ampliação da feira municipal, conduzida pela empresa JM Engenharia.
Segundo o engenheiro, ele nunca foi contratado nem teve qualquer vínculo com a obra, mas descobriu que seu nome e número de registro profissional foram inseridos como se ele fosse o responsável técnico. Se confirmado, o caso pode configurar falsidade ideológica — crime previsto no Código Penal.
A situação joga mais luz sobre os problemas envolvendo a JM Engenharia, a empresa que executando a obra do mercado, cujo telhado cedeu no último dia 19. Após o ocorrido, que deixou um casal ferido, vereadores questionaram a idoneidade da empresa, que venceu a licitação milionária, mas sequer possui sede no endereço registrado no CNPJ.
Na semana passada, a promotora de Justiça do município esteve no local para vistoriar o mercado. Com a nova denúncia, a expectativa é de que o Ministério Público aprofunde as investigações. Toda essa situação caiu com uma bomba no colo do prefeito Fábio Gusmão e dos seus secretariado, que agora precisa dar explicações não apenas sobre a obra em si, mas também sobre o processo licitatório e a escolha da empresa executora.
O site deixa o espaço aberto para que tanto a Prefeitura de Itarantim quanto a JM Engenharia se pronunciem sobre o caso.
O caso pode ser tema durante a sessão ordinária desta terça-feira (27), na Câmara de Vereadores.