Eescândalo envolvendo a compra de disparos por WhatsApp por parte da campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) está dando o que falar. Segundo juristas, o caso denunciado pelo jornal Folha de São Paulo pode resultar na cassação do postulante se ficar comprovado.
As encomendas de mensagens poderão ser consideradas como doações não contabilizadas, o que se assemelha ao caixa 2 de campanha. Além disso, essas doações são feitas por empresas – o que é proibido.
“A lei eleitoral diz que o beneficiado responde. Ele pode sofrer as consequências da lei”, avaliou o advogado especialista em direito eleitoral Ademir Ismerim, em entrevista ao programa “Se Liga Bocão”, da Itapoan FM, na noite desta quinta-feira (18).
Segundo a reportagem do jornal, cada empresa pagava até R$ 12 milhões por contrato com as agências de disparo de mensagens. Por lei, os candidatos à Presidência só podem gastar R$ 70 milhões na campanha.
O presidenciável Fernando Haddad (PT) decidiu ir à Justiça pedir a impugnação da candidatura do rival – juntamente com o ex-candidato Ciro Gomes (PDT). Bolsonaro, por sua vez, nega as acusações.
“Eu não tenho controle se tem empresário simpático a mim fazendo isso. Eu sei que fere a legislação. Mas eu não tenho controle, não tenho como saber e tomar providência”, afirmou o candidato do PSL.