A espera pela regulação na Bahia segue sendo um dos maiores desafios para quem depende da saúde pública. Essa realidade atingiu Eronildo Alves Souza, de 43 anos, internado há quase um mês no Hospital Geral de Vitória da Conquista, aguardando transferência para Salvador. O caso dele, como o de tantos outros, escancara as dificuldades de um sistema que não dá respostas rápidas a quem mais precisa.
Eronildo enfrenta uma inflamação no pâncreas, uma condição crônica rara e grave que exige cuidados especializados, além de complicações como acúmulo de líquido nos pulmões e abdômen. Apesar da dedicação dos médicos no hospital, a unidade não tem estrutura suficiente para lidar com o quadro. A transferência para o Hospital Roberto Santos, em Salvador, foi solicitada, mas, até agora, nenhuma resposta da fila da regulação.
Essa demora coloca vidas em risco e reflete um problema de gestão. O governo do estado tem investido em propaganda para mostrar avanços na saúde, mas, na prática, os desafios persistem, especialmente para quem não tem recursos para arcar com planos privados. Enquanto isso, pacientes como Eronildo enfrentam dias angustiantes, dependendo de decisões que muitas vezes chegam tarde demais.
A situação é ainda mais complicada porque o transporte de Eronildo só pode ser feito por uma UTI aérea, devido à sua condição delicada. A família segue aguardando uma resposta enquanto luta para que ele tenha acesso ao tratamento adequado.
Casos como esse mostram que o sistema precisa de mudanças urgentes. Não é apenas sobre Eronildo, mas sobre todos os baianos que dependem de um serviço que deveria ser eficiente e acessível para todos. É hora de cobrar ações concretas para que histórias sejam abordadas, e não a regra.