O Ministro da Saúde Eduardo Pazuello pediu demissão do cargo, ele sucedeu o ex-ministro Nelson Teich que ficou menos de 30 dias no cargo, ele assumiu o cargo interinamente em 15 de maio de 2020 sendo efetivado em 14 de setembro de 2020. O pedido acontece após reunião do presidente com os ministros da ala militar na noite deste último sábado.
Pazuello alegou problemas de saúde e que precisaria de mais tempo para se recuperar. Pazuello foi o terceiro ministro da saúde do governo Jair Bolsonaro.
De acordo com o Globo dois nomes já são cotados para o cargo de Ministro da Saúde Ludhmilla Abrahão Hajjar, professora associada da USP, e Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Incentivo a desinformação sobre a pandemia
Pazuello é acusado pelas agências de checagens de notícias por diversas desinformação sobre a pandemia de COVID-19 entre elas:
-Defesa da hidroxicloroquina
– Informações desatualizadas sobre o vírus
– Falta de transparência na divulgação de dados
– Ausência de campanhas preventivas
– Abandono de ações informativas
– Omissão de dados desfavoráveis ao governo
Polêmica como ministro da saúde
Como ministro Pazuello se envolveu em diversas polêmicas, uma das primeiras foi em junho de 2020 quando retirou do ar os dados dos mortos de COVID-19 e depois passou a atrassar os dados para que eles não pudessem ser veiculados nos jornais na TV.
Ele também causou diversas polêmicas na negociação das vacinas contra covid-19. Chegou a acusar empresas como Pfizer e J&J. Também no episódio recente da falta de oxigênio em Manaus ele chegou a acusar a White Martins pelo problema.
Atualmente Eduardo Pazuello é denunciado na Organização dos Estados Americanos (OEA) por omissão no combate a pandemia no Brasil “consubstanciado nas figuras do presidente da República e do ministro da Saúde, foi diretamente responsável pelo contorno catastrófico que a pandemia assumiu no Brasil”.