Intérprete do inesquecível Beiçola de “A grande família”, Marcos Oliveira falou sobre as dificuldades financeiras que tem passado desde o início da pandemia. O ator, de 64 anos, disse contar com a ajuda de um amigo que vive no exterior e de um fã para sobreviver.
“Tenho um grande amigo que está na Europa e de vez em quando me ajuda comprando alguma coisa para eu comer. Um fã do interior de São Paulo fez uma vaquinha por lá e depositou um dinheiro para eu pagar minhas contas e ajudar na compra de comida também. Sou sozinho, não tenho família. Vivo apenas com minhas três cadelas. Não me chamam para nada, para nenhum trabalho. Quero ter oportunidade de fazer outras coisas”, disse Marcos em entrevista ao podcast Só 1 minutinho.
O ator acredita que sua situação pode melhorar quando conseguir se aposentar. “Vou dar entrada nos meus papéis agora no fim do mês, quando completo 65 anos. Quem sabe aí eu possa morar num sítio, construir minha casinha, ter uma horta. Mas não poderei parar de trabalhar. Só em farmácia gasto quase R$ 1 mil por mês”, disse ele, que passou por um cateterismo, em setembro de 2020, após sofrer um infarto agudo do miocárdio.
‘Fui estuprado pelo meu irmão’
Marcos Oliveira falou também sobre uma triste históri de seu passado. O ator revelou que foi estuprado aos 7 anos pelo irmão, que, na época, ele acreditava ser seu primo. O artista foi criado pelos tios, depois de ser abandonado pela mãe: “Só descobri que eu era adotado quando tinha 33 anos. Que meu pais eram, na verdade, meus tios. Uma prima veio me contar. Então, acabei descobrindo que eu tinha sido estuprado aos 7 anos pelo meu irmão, e não pelo meu primo, como eu achava. Ele era muito mais velho que eu. Precisei de acompanhamento depois porque eu cheguei a pirar”.