A família de Ester Silva Dias, de sete meses, que mora em Itapetinga, no sudoeste da Bahia, está fazendo uma campanha na internet para conseguir uma cirurgia para a criança, que nasceu com um dos tipos mais complexos de fissura labiopalatina, uma anomalia congênita que tem origem no desenvolvimento incompleto do lábio e do palato (céu da boca) durante a gestação do bebê.
Também chamada de lábio leporino ou fenda palatina, a fissura labiopalatal está entre as anomalias mais comuns em bebês recém-nascidos. Essas malformações alteram a anatomia normal, podendo interferir na fala, na audição, na deglutição, na respiração e nos dentes. No Brasil, a proporção é de uma para cada 650 nascimentos. O problema afeta mais de 230 mil brasileiros.
Segundo a mãe da criança, Gessiane Silva Sá, o caso de Ester é mais severo e raro, já que, além de ter uma grande abertura desde o lábio até o nariz, há a ausência do osso nasal, o que poderia indicar a existência de síndromes e problemas neurológicos.
Ester foi assistida pela Secretaria de Saúde do município e passou por um hospital de referência em Salvador. Conforme informações do Ministério da Saúde, no país existem 28 hospitais credenciados no Sistema Único de Saúde para realização de procedimentos integrados para reabilitação estético-funcional dos portadores de má-formação labiopalatal.
No entanto, devido à complexidade dos procedimentos aos quais Ester precisa ser submetida, os pais da criança (Gessiane e Osmar Silva) decidiram pedir ajuda nas redes sociais. A intenção é angariar recursos para custear o tratamento em Porto Alegre-RS, onde um cirurgião plástico, que é referência mundial em cirurgia crâniomaxilofacial, tem obtido excelentes resultados em casos semelhantes.
Gessiane faz parte de um grupo de WhatsApp em que mães de diversos lugares do país compartilham informações sobre os caminhos percorridos na busca por esse tipo de cirurgia e as principais dificuldades encontradas. Foi através do aplicativo que ela passou a compreender melhor o assunto e a conhecer as possibilidades de tratamento.
Desde que descobriu o problema no sexto mês de gestação, Gessiane tem lutado contra o medo e o desespero que são inevitáveis para uma mãe que não consegue pôr fim ao sofrimento da filha. Ela conta que teve inclusive que realizar bingo e rifas para arcar com uma série de exames solicitados pelos médicos que já atenderam a criança na Bahia.
Quem quiser colaborar pode entrar em contato com a família através do telefone (77) 981282793. (sudoestedigital)