Uma operação deflagrada pela Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, localizou um policial militar suspeito de envolvimento no homicídio do cigano Agilson Ribeiro Dantas, ocorrido em junho de 2024, em Camaçari. O PM foi preso na manhã desta terça-feira (21), naquela cidade da Região Metropolitana de Salvador.

Investigações realizadas pela 4ª Delegacia de Homicídios (DH/Camaçari) apontaram que o crime tem relação com uma briga entre clãs ciganos, envolvendo vinganças familiares. “A vítima fazia parte de uma família em conflito com outra, com várias mortes ocorrendo entre os membros dessas famílias”, informou o titular da 4ª DH/Camaçari, delegado Antônio Sena.

Ainda de acordo com o delegado, a vítima foi encontrada sem vida no banco do motorista de seu veículo e uma arma de fogo foi localizada ao lado do corpo. “Além disso, a investigação revelou que outros policiais militares estão envolvidos em conflitos com ciganos e na execução dos homicídios, com atuação nas cidades de Candeias e Lauro de Freitas”, acrescentou Antônio Sena.

Com o cumprimento do mandado de prisão, o PM será submetido aos exames de lesões e encaminhado para o Batalhão de Choque da Polícia Militar, onde ficará custodiado à disposição da Justiça. Uma pistola .40, um notebook e um celular foram apreendidos durante a ação e passarão por perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Em ação nesta segunda-feira (20/1), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Ilhéus – FICCO/Ilhéus, que é composta pela Polícia Federal, Polícia Militar da Bahia, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil da Bahia e Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, em parceria com outras forças de segurança como as Polícias Militares do MT, PA, TO e MG, alcançaram um dos maiores assaltantes de banco do país, em Confresa/MT, a 1.160 km de Cuiabá/MT.

O alvo é amplamente conhecido pelas forças de segurança nos estados da Bahia, Paraíba, Minas Gerais e Pará e estava envolvido em diversos crimes, como assaltos a bancos, assalto a carro forte, homicídio, tráfico de drogas e extorsão mediante sequestro.

Entenda o caso:

A Operação Kalypto teve início no ano passado (22/5/24), com uma investigação realizada inicialmente pela Polícia Civil de Minas Gerais, através da 1ª DRPC Unaí/MG. Após meses de investigação, foi deflagrada a primeira fase da operação, a qual visou cumprir 11 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão, nos estados de MG, GO, BA, SE e ES.

Em continuidade das investigações, em parceria com a FICCO/Ilhéus, juntamente com a Delegacia da PF em Juazeiro e PMBA, foram feitos inúmeros levantamentos chegando a três propriedades rurais que estavam na região de Irecê/BA, que eram usadas para o plantio de maconha. Então, foi desencadeada a Operação Cannabis Gourmet (18/9/24), na qual foi realizada a destruição de cerca de 15 toneladas de maconha, somadas a cerca de 53 mil pés de maconha erradicados. Na ação, realizou-se a prisão em flagrante de sete alvos.

Mais adiante, o trabalho das forças de segurança não pararam, já que um dos chefes de toda a organização criminosa estava foragido. Com um trabalho investigativo, chegou-se a elementos fidedignos da real localização do alvo, que estaria em Manga/MG. Porém, após um homicídio ocorrido na região, o alvo empreendeu fuga do município, perpassando por diversos estados até se homiziar no Mato Grosso.

Com o apoio de diversas forças de segurança pública: PF, PRF, PMTO, PMBA, PMPA, PMMG, e notadamente a PMMT, o alvo foi encontrado na companhia de mais dois comparsas, na zona rural de Confresa/MT, e após tentativa de fuga, foi iniciado um intenso confronto com troca de tiros que resultou no óbito dos três alvos.

Após o ocorrido, os suspeitos foram encaminhados ao hospital do município, mas não resistiram aos ferimentos e morreram na unidade.

A equipe policial apreendeu três armas de fogo junto ao grupo, cerca de R$ 320 mil em dinheiro, escondidos na caminhonete, além de inúmeros contratos de compra e venda de propriedades rurais, notas fiscais de compra de maquinários agrícola, oito aparelhos celulares e um drone.

O principal alvo era empresário e responsável pelo financiamento do grupo criminoso, através de diversas ações ilegais como a utilização de empresas de fachada e um dos maiores produtores de maconha da Bahia, já sendo preso em 2008 na Paraíba, e em 2017 em Sergipe.