Na avaliação do prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL), a hipótese levantada pelo governador Rui Costa (PT) sobre implantar um toque de recolher na Bahia para conter o avanço do novo coronavírus no estado é um exagero.
“A nossa opinião aqui é a seguinte: a gente ainda tem condições de atender as pessoas. A gente tá montando uma equipe muito boa pra isso. Respeito muito o pensamento do governador, mas Porto Seguro é diferente. Ou o povo morre de desemprego, ou pode ou não pegar a Covid (sic)”, disse, em entrevista ao BNews nesta terça-feira (16).
“Nós vamos sim adotar medidas restritivas para outras atividades. Inclusive, analiso a possibilidade de – se mantiver ao longo desta semana estas mesmas taxas -, nós implementarmos o toque de recolher em todo o estado da Bahia para evitar o pior”, disse Rui, em entrevista à TV Bahia mais cedo.
Na entrevista ao BNews, Jânio Natal pediu que o governador desse atenção ao envio de equipamentos para hemodiálise – procedimento no qual uma máquina limpa e filtra o sangue, cumprindo a função que um rim doente não consegue fazer -, além de reparos em um tomógrafo do Hospital Luís Eduardo Magalhães, que, segundo o prefeito, volta e meia para de funcionar.
“Se a coisa desandar, perder nosso controle, aí, a gente pode tomar decisões mais radicais, mas, no momento, não é o que a gente quer [o toque de recolher]”, completou o prefeito de Porto Seguro.
Boletim
De acordo com o boletim epidemiológico municipal mais recente – de segunda-feira (15) -, já foram registrados 15.227 casos de Covid-19 em Porto Seguro, sendo 5.594 confirmados e 9.633 suspeitos.
Porto Seguro, hoje, tem 14.820 pessoas recuperadas, totalizando um percentual de 97,3% entre os suspeitos e confirmados de coronavírus, sendo 105 óbitos desde março de 2020.