A Guarda Civil Municipal (GCM) de Itororó vive uma situação de completo abandono. Segundo informações apuradas pelo Blog do Edyy, a categoria sofre com a falta de estrutura, equipamentos inadequados e salários defasados, reflexo do descaso da gestão municipal. Enquanto cidades vizinhas como Itambé e Itarantim garantem melhores condições de trabalho para seus agentes, os guardas de Itororó enfrentam uma dura realidade.
A viatura utilizada no serviço diário é um Fiat Uno 2010, um veículo antigo e sem as condições ideais para o patrulhamento. Além disso, alguns coletes à prova de balas já estão vencidos, colocando em risco a segurança dos próprios agentes. No quesito capacitação, a situação é ainda mais absurda: o comandante da Guarda, Marciano Flores de Jesus, e o subcomandante, Alexandre Silva, ministram cursos de formação para guardas de outras cidades, como Santa Cruz da Vitória, mas nunca ofereceram treinamento para os agentes que comandam em Itororó.
A questão salarial também é um ponto crítico. O salário bruto dos guardas é de R$ 1.524, acrescido de 20% de adicional noturno e 30% de periculosidade, chegando ao total de R$ 2.286. Esse valor fica abaixo do salário base de guardas municipais em cidades vizinhas. Em Itambé, por exemplo, o salário-base já é R$ 2.500, sem contar os adicionais.
Diante desse cenário, o Sindicato dos Guardas Municipais de Ilhéus e Região (SINDIGUARDAS), presidido por Pedro do Sindi Guardas, denunciou a situação, cobrando providências da gestão municipal. Até o momento, a prefeitura de Itororó não apresentou nenhuma medida concreta para melhorar as condições da GCM.
A segurança pública municipal não pode ser tratada com descaso. Os guardas municipais são fundamentais para o patrulhamento preventivo e a proteção da população. No entanto, sem equipamentos adequados, sem formação e com salários defasados, a GCM de Itororó segue desvalorizada e sem perspectivas de melhora.