Um bebê que nasceu no Hospital Regional, em Eunápolis, com uma cardiopatia – doença no coração – depende da transferência para um hospital com UTI neonatal a fim de ter melhores condições de sobrevivência. A criança nasceu no dia 4 de março, sem que fosse constatado qualquer problema.
A mãe, a dona de casa Jennifer Ribeiro, 28 anos, conta que, após o parto, ela e a filha receberam alta hospitalar e foram para casa. No último fim de semana, porém, a recém nascida começou a apresentar sintomas de gripe. Foi levada ao PSF na segunda-feira (15) e medicada, mas não melhorou. Na quarta-feira (17), ao perceberem que a filha estava ficando roxa, Jennifer e o marido a levaram para o Hospital Regional, onde, após vários exames, foi diagnosticada a cardiopatia.
Devido à gravidade do quadro e à falta de UTI neonatal no Regional, o médico pediu a transferência do bebê para um hospital em Itabuna ou Salvador. Por causa da urgência em conseguir a transferência, a família procurou a Defensoria Pública, onde foi informada que só deverá haver vaga na próxima terça ou quarta-feira, e mesmo assim não é garantido. “Estamos com o coração na mão. Nossa filha teve três paradas cardíacas na madrugada passada e outra hoje ao meio-dia. Não sabemos quanto tempo ela conseguirá aguentar”, lamentou a mãe.
Jennifer disse que o pré-natal foi feito no PSF (Posto de Saúde da Família) do bairro Juca Rosa e em nenhum momento foi notado qualquer problema com o feto, mesmo ela tendo feito exame de ultrassom durante a gravidez. “Para mim foi uma surpresa descobrir esse problema, pois nunca me falaram nada durante o pré-natal”, afirmou.
Segundo Jennifer, os médicos disseram que provavelmente o bebê já nasceu com a cardiopatia, mas não havia sido diagnosticada antes porque é comum demorar uma ou duas semanas após o parto até que os sintomas apareçam. Fonte: Radar64