O governador Rui Costa disse nesta segunda-feira (31) que solicitou ao comandante da Polícia Militar, Coronel Paulo Coutinho, que exija mais rigor na condução de pessoas que forem flagradas promovendo aglomeração na Bahia. Segundo o governador, ele pediu que essas pessoas sejam encaminhadas às delegacias, para abertura de inquérito policial.
A fala de Rui reflete as constantes ocorrências de festas e aglomerações em Salvador e no interior baiano, mostrando pessoas reunidas sem máscaras, aglomeradas em espaços fechados e sem adotar as medidas de saúde necessárias para conter o avanço da Covid-19. Segundo o governador, o estado registra 85% de leitos de UTI ocupados.
Rui Costa classificou as aglomerações propositais como um crime e disse trabalhar para acabar com a impunidade.
“Eu tenho solicitado do comandante da PM, Paulo Coutinho, o máximo de rigor e a condução dessas pessoas para a delegacia. Que seja aberto inquérito criminal, de crime previsto em lei federal, contra a saúde pública”, disse o governador.
Ele citou que a recomendação para a PM não é somente que a aglomeração seja dispersada e os agentes encerrem as festas.
“Não basta acabar com as festas, porque outras ocorrerão. É preciso que eles [os presentes] respondam a inquérito, para que sejam julgadas pelo risco que estão provocando. Meu pedido a todos os policiais não é só que encerrem as festas. Conduzam as pessoas à delegacia, para que eles sejam ouvidas, e o MP decida se irá fazer a representação judicial. Não podemos ficar de braços cruzados enquanto vidas humanas são perdidas por causa de pessoas que acham que não podem adiar seu festejo. É uma falta de respeito com a vida humana”, afirmou o governador.
Rui Costa também informou que se reuniu com prefeitos de cidades do interior e pediu empenho na fiscalização de aglomerações no período do São João. O governador pediu atuação firme das Guardas Civis Municipais e mobilização para denúncia às polícias, quando houver infrações às medidas de saúde.
“Em março explodimos de casos [de ocupação de leitos de UTI]. Infelizmente hoje estamos com 85% de ocupação. Estamos com as unidades cheias. Não teremos capacidade e absorver nova leva de contaminados. Nem nós, nem a rede privada. Não temos mais esse ‘colchão de amortecimento’ para um grande volume de contaminados”, finalizou o governador. G1