A cadela da raça pitbull, que foi baleada cinco vezes por um policial militar na cidade de Camacan, extremo sul da Bahia, passou por um procedimento cirúrgico e recebeu alta médica. Belinha, como é chamada, precisou passar por um implante de placa e extensor depois de ter fratura nas duas patas dianteiras.
A cirurgia foi realizada na quarta-feira (7) e ela foi liberada para voltar para casa. No mesmo dia, sofreu uma convulsão e os veterinários que a acompanham monitoram a situação. Existe a possibilidade de o animal desenvolver transtornos neurológicos.
Além da equipe médica, Belinha é acompanhada pela ONG Bicharada, de Itabuna, cidade vizinha de Camacan. A entidade informou que o policial pagou o primeiro atendimento, mas não se comprometeu com os demais custos.
O caso foi registrado na delegacia e, durante o depoimento, o homem, que estava de folga na hora dos disparos, disse que atirou para defender a filha. Segundo o policial, a cadela estava solta, sem coleira e focinheira, e iria atacar a garota.
A tutora do animal, no entanto, negou as informações. De acordo com ela, a cadela é dócil, tem contato com outras crianças em casa e não atacaria a menina.
A Polícia Civil segue com as investigações e vai utilizar imagens de câmeras de seguranças que teriam flagrado a ação para apurar a ocorrência. A reportagem tentou contato com o PM, mas não conseguiu ouvir um posicionamento.