A falsa sensação de anonimato, aliada com a popularização da internet, parece estimular muitos internautas a publicarem conteúdos ofensivos. Hoje em dia é comum você se deparar com crimes de injúria, difamação, calúnia, uso indevido de imagem e até vilipêndio a cadáver. O show de horrores normalmente acontece nos grupos de WhatsApp e se espalha como vestígio de pólvora para outras redes sociais.
Quase que diariamente, moradores procuram a delegacia de Itapetinga, alegando que foram vítimas de publicações na internet. Esta semana foi à vez do secretário de saúde do município, Hugo Souza. Ele procurou a Polícia Civil para solicitar providências, pois gravações foram amplamente compartilhadas no WhatsApp, o acusando de comercializar vacinas da Covid-19. A mulher que fez as gravações é moradora da cidade e declarou que o imunizante estava sendo comercializado por 400 reais no posto de Saúde Guilherme Dias. Ela disse ainda que o secretário tem conhecimento da situação, porém, não tomou nenhuma providência, porque estaria protegendo a pessoa responsável por desviar a vacina.
A denúncia é gravíssima e de interesse público, mas, não há provas das informações narradas pela moradora, nem indícios que o secretário cometeu determinado crime.
A mulher denunciada foi candidata à vereadora pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) na última eleição. Agora, a repercussão é na vida criminal da acusada, que deverá responder por calúnia. Quem comentou ou compartilhou o conteúdo também praticou crime, na condição de coautor ou partícipe. Essas pessoas (ou algumas delas) também podem ser responsabilizadas judicialmente.
Fonte: IRepórter.blog